Vila de Soajo
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As lendas e a terra para explorar da Serra do Soajo!
Soajo mantem orgulho na sua História e na sua identidade. Durante a Idade Média os seus Monteiros tinham privilégios específicos de independência e guarda de uma área de enorme importância para a coroa portuguesa. Séculos de vivências criaram uma identidade única e uma das mais conhecidas povoações portuguesas, integrada no Parque Nacional da Peneda-Gerês. O seu pelourinho, do século XVI é único no seu género e um dos mais enigmáticos exemplares do seu tipo, partilhando valia com um notável conjunto de 24 espigueiros, totalmente em granito e assentes num enorme afloramento rochoso, verdadeiros ex-líbris da povoação.
D. Manuel outorgou-lhe Foral e privilégios de Vila em 1514; foi concelho, abrangendo as freguesias de Ermelo e Gavieira, sendo integrado no de Arcos de Valdevez em consequência das reformas liberais do século XIX.Composta por um núcleo central, Soajo integra vários lugares: Bairros, Carreiras, Costa Velha, Cruzeiros, Eiró, Fraga da mó, Lage, Raposeiras, Rio Bom, Teso, Torre e Concieiro. Afastados da povoação, existem ainda os lugares de Adrão, Campo Grande, Cunhas, Paradela, Vilar Suente e Vilarinho das Quartas
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Juiz de Soajo
A narrativa do Juiz de Soajo aponta para a sapiência e equilíbrio da sua decisão, tomada perante o Tribunal da Relação do Porto, onde foi chamado a propósito de um crime que involuntariamente presenciou e que acusava um inocente; perante o coletivo de juízes proferiu a seguinte decisão: “Que o homem morra que não morra, dê-se-lhe um nó que não corra. Degradado por toda a vida, e cem anos para se preparar”. Nesta sua sessão no tribunal portuense ficou igualmente famosa a frase que proferiu a propósito do facto de não lhe ter sido dada uma simples cadeira para se sentar, tendo que o fazer no capote que vestiu e deixou no mesmo local: “O Juiz de Soajo, cadeira onde se sentou, nunca consigo a levou.” -
O Cão Sabujo da Serra de Soajo
O Cão Sabujo da Serra de Soajo é uma raça autóctone que aparece fortemente documentada desde a Idade Média, sendo um companheiro inseparável dos Monteiros nas atividades cinegéticas e de controlo deste território. No Foral de Soajo de 1514, outorgado pelo rei D. Manuel I, surge uma importante nota documental ao cão, ao referir que os soajeiros “são obrigados de nos darem em cada um ano, nos tempos que lhos mandarmos requerer ou eles os quiserem mandar, cinco sabujos feitos de monte”. De temperamento territorial, afável e grande cariz protetor, fortemente adaptado às agruras da montanha e do clima, cedo assumiu um papel fundamental no quotidiano de Soajo, continuando a ser muito popular e acarinhado pelas gentes locais.
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